O desvio: "In a Silent Way", de Miles Davis
Não conheço quase nada da vasta obra de Miles Davis e já por diversas vezes tentei começar, a sério, por algum disco. Um amigo meu gravou-me, há tempos, o "In a Silent Way", e tenho-o ouvido vezes sem conta. É um disco espantoso. Gravado em 1969, marca uma viragem na sonoridade de Miles Davis, como resposta à influência de novos sons e de novas ideias, em particular à música de James Brown, Sly Stone e Jimmy Hendrix. Miles Davis rende-se à electricidade e passa a usar o órgão, o baixo, a guitarra e o piano eléctricos nos seus temas. (Como tudo seria diferente, se a EDP detivesse o monopólio da electricidade nos Estados Unidos e praticasse os preços que pratica em Portugal...)
"In a Silent Way" é o primeiro disco deste novo período eléctrico. Segue-se "On the Corner", um disco "muito duro e funky, com riffs poderosos e hipnóticos a percorrer todo o disco, por vezes durante dezenas de minutos". "In a Silent Way" "é mais calmo e laid back onde o outro é imprevisível e duro." Os três pianos de Hancock, Corea e Zawinul, o baixo de Dave Holland e a guitarra de John McLaughlin resultam em perfeição. O trompete de Miles Davis move-se acima de tudo isso.
In A Silent Way
1 - Shhh/Peaceful
2 - In A Silent Way/ It's About That Time
Miles Davis: Trompete
Wayne Shorter: Saxofone
Herbie Hancock: Piano eléctrico
Chick Corea: Piano eléctrico
Josef Zawinul: Piano eléctrico e órgão
John McLaughlin: Guitarra
Dave Holland: Baixo
Tony Williams: Percussão
Devo-te mais este disco, L. Merci.
1 Comments:
Quero dois!
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