"No princípio era a Primeira Via, a da ocupação, do não reconhecimento dos palestinianos e da fé no Grande Israel. Ao longo dos 20 anos que decorreram entre a Guerra dos Seis Dias e o início da primeira Intifada, a visão israelita do mundo era uma visão baseada na guerra, nem mais nem menos. Atacar os palestinianos, implantar-se no seu seio e resolver o conflito pela força.
A seguir, veio a Segunda Via, a da paz, do reconhecimento dos palestinianos e da fé numa paz total. Ao longo de treze anos que decorreram entre a eclosão da primeira Intifada - a dos atentados suicidas -, a visão israelita do mundo baseava-se na paz, nem mais nem menos. Reconhecer os palestinianos, discutir com eles e resolver o conflito através de um acordo de paz.
Só depois, no meio dos escombros, viria a impor-se a Terceira Via, a da retirada unilateral, da ruptura com os palestinianos e da fé numa separação total. Ao longo de quase seis anos que decorreram entre o desmoronamento do processo de paz, em Outubro de 2000, e o desmoronamento do plano de desocupação em Junho-Julho de 2006, a visão israelita do mundo baseou-se no encerramento (o muro). Retirar-se, tê-los longe da nossa vista e resolver o conflito pela separação unilateral. O sentimento dominante era que estávamos fartos. Fartos dos palestinianos, fartos do Médio Oriente. Só queríamos sair dali e libertar-nos.
(...)
Israel tem uma necessidade desesperada de um novo conceito diplomático, de um novo conceiro estratégico, de uma Quarta Via. "
Ha'Aretz
Telavive
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