sexta-feira, dezembro 23, 2005

Poesia para estes dias!

ÚLTIMO POEMA

É Natal, nunca estive tão só.
Nem sequer neva como nos versos
do Pessoa ou nos bosques
da Nova Inglaterra.
Deixo os olhos correr
entre o fulgor dos cravos
e os diospiros ardendo na sombra.
Quem tem assim o verão
dentro de casa
não devia queixar-se de estar só,
não devia.

Eugénio de Andrade

Rente ao Dizer

2 Comments:

At 5:35 da tarde, Blogger ovatsug said...

excelente poema!!

 
At 2:44 da tarde, Blogger p said...

bom gosto

 

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