sábado, julho 28, 2007

Só sei que não quero saber disso


Aparentemente, a filosofia em Portugal tem tido progressivamente menos peso na formação do secundário, ao ponto que recentemente deixou de fazer parte das provas de acesso ao ensino superior em diversas áreas. Ora, pessoalmente não interessa realçar o efeito positivo ou negativo desta questão, imagino que em Portugal a ideia dominante é que a Filosofia é inútil. tenha para comigo que é uma coisa indispensável e basilar na criação de tecido humano com uma forte consiência social e capacidade de reflexão, autocrítica, análise e ética em todos os parâmetros do dia a dia. Isto é cidadãos mais conscientes e menos egoístas, com ideiais próprios e um pouco mais sensiveis ao panorama global da sociedade em que se inserem e de que dependem ao invés de tão focalizados apenas no seu sucesso financeiro duma forma directa e linear, "a qualquer custo".

Também tenho a ideia que não é da forma que a Filosofia era/é dada nas escolas - uma espécie de história da filosofia com datas para empinar e nomes de correntes filosóficas e pensadores com nomes germânicos e silhuetas helénicas em mármore para saber para o exame - que se chega a este estado de abertura mental e capacidade de autoconsciência desejado.

Mas já divaguei bem mais do que pretendia.

Na verdade, o que achei piada ao ouvir sobre este contínuo desvanecer da Filosofia no ensino em Portugal actualmente foi que seria de imaginar que sobre a liderança de nada mais nada menos do que o próprio Sócrates as coisas tivessem uma tendência completamente oposta ...