Estar lá e (vi)ver
Imagino que cada um guarde para si os momentos que mais lhe interessam.
Em Paredes de Coura houve muito, e eu guardei o suficiente.
Não era difícil curtir aqueles dias como eu curti. Era bem simples até: ir com a vontade de sentir um pouco de espaço entre mim e a rotina, intrepor um pouco de música, pessoas e festa, num ambiente tão peculiar como o que por lá se vive.
Na verdade, desconfio que nem mesmo se os concertos fossem fracos, eu voltaria desta viagem pouco recompensado.
Na verdade os concertos - uns à sua medida, outros no seu espaço - foram em grossa medida bons; vivi momentos excelentes em concertos excelentes, e momentos excelentes em concertos maus e médios que por lá passaram. Até os concertos menos interessantes e os que não lá estive para ver tiveram o seu espaço, permitiam circular aproveitar todo o tempo precioso daqueles três dias, daquelas quatro noites.
Ficam na memória muitas coisas, vivências, sons e especialmente momentos que qualquer jornada destas traz. Até o misterioso dia de chuva parece que não chateou tanto como se imaginaria (acho que já ia para lá à prova de chuva. Estive lá mesmo no meinho do aguaceiro vibrando com Mão Morta até o impermeável já não o ser e as minhas únicas calças ficarem só água. Paciência, para a noite final bom tempo e calções secos foi o que se quis).
Ficam no ouvido e no coração Gogol (a partir tudo), Blasted, Devotchka, Crystal Castles (em extâse), 6PM (Às seis), CSS, Sonic Youth (Avé), Electrelane, New Young Pony Club (Cheia de Vontade) U-Clic e Gun's N' Bombs (a pôr os bichos a dançar) e Mão Morta (a levantar poeira na Lama).
MIA, foi o que foi (Baahh), e no Iraque choveram garrafas armadilhadas.
Obviamente que ficam as tardes na relva do Taboão e do Jazzzzz.
Mas estar lá é que contou.
1 Comments:
Que bom :)...estavas mesmo a precisar de mudar de ambiente...Bjs
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